5 de agosto de 2011

Hey, menino de rua
Mariane Paco


Hey, menino sentado aí no chão

Com um buraco no sapato e outro no estômago

Menino de rua acostumado com a solidão



Invisível para alguns...

Eu estou te vendo

Também sei que sente frio

Está ventando forte e já é tarde

Rua suja, noite escura, seu lar

Hey, menino de rua

Não, não chore

Eu ainda estou te vendo

Segura a minha mão...

Só queria ajudar

Mas o menino fugiu e levou seus medos

Sua fome, sua solidão e seu frio

Menino de rua, agora é só um menino invisível

Para os outros e para mim


Minha irmã escreveu este poema que me fez pensar...
As vezes nos acostumamos a ver no nosso dia a dia cenas como estas. Crianças nas ruas sem ter o que comer ou vestir, que tem a rua como seu lar e os bancos das praças como sua cama. Sem família, sem amigos, sem ter com quem contar. Muitas vezes, sem perceber, acabamos aceitando esta realidade. Sempre colocamos a culpa no Estado e sempre arrumamos desculpas para não fazermos nada. Sim. O governo, depois da família, é o principal responsável para que as crianças tenham seus direitos garantidos. Mas além de ser dever do Estado, também cabe a nós como membros da sociedade civil combater este crime.  Crianças e adolescentes são sujeitos de direitos e é inadmisível que ainda hoje aconteçam coisas desta natureza.

Deixo aqui também uma passagem do livro de Mateus, capítulo 25, que fala bem sobre isto. Tudo que fizermos por amor ao nosso próximo, estamos fazendo ao próprio Deus.

"Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo. Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram’. "Então os justos lhe responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar? ’"O Rei responderá: ‘Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram’." (vs 34-40)

Com amor,

Juliana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário